Vírus: O que é? Principais características

Um vírus é material genético contido dentro de uma partícula orgânica que invade células vivas e usa os processos metabólicos de seu hospedeiro para produzir uma nova geração de partículas virais.

A maneira como eles fazem isso varia. Alguns inserem seu material genético no DNA do hospedeiro, onde ele pode ficar esperando até que seja traduzido posteriormente. Como a célula hospedeira se replica, ela pode produzir novos vírus.

Os vírus também podem explodir sua célula hospedeira à medida que se expandem em número, no que é chamado de ciclo lítico de reprodução.

Qual é o tamanho dos vírus?

A palavra vírus vem de uma palavra latina que descreve líquidos venenosos. Isto porque as formas iniciais de isolar e imagear micróbios não conseguiam capturar partículas tão pequenas.

Os tamanhos dos vírus variam desde os extremamente minúsculos – 17 nanômetros de largura do Circovirus suíno, por exemplo – até monstros que desafiam a própria definição de ‘vírus’, como o Tupanvirus de 2,3 micrómetros.

Da mesma forma, eles vêm em uma gama de complexidades, contendo diferentes proteínas ou rodeados por uma variedade de conchas e envelopes para ajudar na infecção e reprodução de praticamente todas as espécies em todos os reinos da vida.

Os vírus podem ser codificados de várias maneiras. Os rotavírus são baseados em uma dupla cadeia de RNA, por exemplo. Os coronavírus têm uma única cadeia de RNA, que é “senso positivo”, pois pode ser traduzida diretamente em novas proteínas. O Influenza tem um sentido negativo de RNA, o que significa que ele precisa de uma etapa extra de transcrição antes de poder produzir proteínas.

Os vírus da varíola e herpes são exemplos de vírus de DNA, que forçam o hospedeiro a transcrever seu genoma para o RNA na entrada.

Os tamanhos destes genomas também variam. Alguns dos maiores podem ter mais de um milhão de pares de bases. Por outro lado, um vírus de RNA que infecta bactérias, chamado MS2, tem apenas 3.500 pares de bases.

É impossível saber com certeza quantos tipos de vírus existem no mundo natural, com números que sobem à medida que os pesquisadores usam novas ferramentas para procurar assinaturas genéticas classificadas e desconhecidas no solo, oceanos e até mesmo nos céus. Estimativas grosseiras sugerem que pode haver até 100 milhões de tipos de vírus na superfície da Terra.

Os vírus são vida?

Esta é uma questão que os cientistas continuam a discutir à medida que as definições de vida e ecologia mudam. O pensamento atual sugere que os vírus devem ser considerados parte de um sistema vivo complexo, um sistema que se estende entre todos os organismos.

Os ‘virions’ são as partículas inativas que se movem através do ambiente, que não tendemos a considerar como vivas. Somente quando eles fazem parte de uma célula é que os vírus adquirem características de vida próprias, emprestando a bioquímica do hospedeiro para se reproduzir.

Como tal, é mais preciso pensar em vírus como parte do continuum entre química e biologia, um que não está claramente dividido em vivo e não vivo.

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